FACOP SCHOOL: Profº. Relvas, um possibilista apaixonado – Da série “conhecimentos que geram talentos”

Peço autorização para começar o texto desta reportagem do fim, a qual – se me permitem dizer –, julguei como...

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Peço autorização para começar o texto desta reportagem do fim, a qual – se me permitem dizer –, julguei como encantadoramente esclarecedora. Quero dizer que vou começar este texto partindo do final da conversa que tive com o Profº Relvas.

Porque realmente preciso começar dizendo que acabei de sair de uma verdadeira aula! Profº Relvas foi capaz de me ensinar ideias, parâmetros e valores em menos de 1 hora e meia e isto aconteceu de maneira tão assertiva, que acabou me condicionando positivamente.

Tinha o costume de comentar sobre a falta de paixão que as pessoas vivem diante das funções que decidiram praticar durante suas vidas, mas hoje posso dizer que finalmente encontrei uma pessoa que é verdadeiramente apaixonada pelo que faz. Esta pessoa é o Profº Relvas.

Um possibilista

De acordo com o Google, a palavra ´possibilista´ carrega dois adjetivos cujos sinônimos são afirmativos: otimista e artista. Duas palavrinhas responsáveis por conceituar parâmetros bastante completos. O otimista é o eterno esperançoso, quem realiza com animação e positividade; já o artista é aquele que cria, o engenhoso, o que possui habilidades para objetivar algum intento. Ambos os conceitos fazem jus à autodenominação que o Profº decidiu recolher para si.

Roberto Relvas, biomédico de formação, especialista em Antropologia Social e da Saúde, palestrante, autor de dois livros “Passagem para a vida adulta” e “A força que vem da alma”, co-autor do livro “Empreendedores resilientes”, professor de Fisiologia e de Bioética na FACOP, também ouvidor da FACOP e coach eneagramista é um eterno apaixonado pelo convívio com as pessoas.

Costuma se apresentar como um possibilista, porque, segundo ele, habituou-se à tentativa de realizar seus objetivos com aquilo que tem em mãos.

Tomou para si a responsabilidade de aplicar Reiki em colaboradores e pacientes nas salas da FACOP, toca piano sem sequer ter aprendido a tocar piano. Um sonhador autodidata nato, com projetos inúmeros que ainda nem foram lançados.

É muita vida e muita função para apenas um indivíduo – respiro. Como ia dizendo, conversamos por 1 hora e meia sobre o resumo da sua trajetória e apenas este resumo, penso eu, já foi o suficiente para reeducar inúmeros condicionamentos negativos que enquanto ser humano comum possuo. O mesmo, acredito, poderia ser feito com qualquer pessoa, independente da sua idade.

Profº Relvas fala muito sobre como humanizar processos e da importância de readequarmos as nossas personalidades ao meio onde vivemos e atuamos. Adora cumprimentar pessoas, abraçá-las e ser afável. Costuma comentar que preza pela educação e demonstração de afeto. Gosta de elogiar, agir com parcimônia e é contra o uso da agressividade.

Um eterno apaixonado

Defende que como seres humanos, somos personalidades atuantes e passíveis a mudanças e é justamente sobre esta abordagem o objetivo deste artigo de texto: apresentar o projeto do Profº Relvas quanto aos 9 tipos de personalidades humanas. A este projeto, nomeou “Eneagrama”.

É pai de 2 filhos dentistas, as aulas que ministra na FACOP são para o curso de Odonto e suas palestras costumam envolver o projeto Eneagrama como estudo científico responsável por abordar personagens distintos que cada personalidade possui; o intuito principal deste projeto na FACOP é facilitar a prática das atividades dos profissionais de Odonto. Percebe-se que a sua vida está totalmente ligada à Odontologia.

Explicou que um personagem nada mais é do que o “airbag” incumbido de proteger a essência da personalidade. Explica que durante a nossa infância, sofremos um processo chamado de ´condicionamento cromossômico emocional´. É um processo que elucida o condicionamento familiar e social vivenciados durante a infância e que a criação do nosso primeiro personagem acontece justamente nessa fase.

Esclareceu o quanto os condicionamentos que vivenciamos são capazes de nos moldar, ou seja, a importância da presença viva da imagem consciente, o fator que determinará quais serão os ideais, os posicionamentos, os valores e as posturas que levaremos para as próximas etapas das nossas vidas.

Como já defendeu o título deste artigo de texto, Profº Relvas é um possibilista apaixonado e explanou minuciosamente o que o Eneagrama é capaz de realizar nas vidas das pessoas enquanto seres passíveis à adaptação.

Um detalhista

Elucidou em detalhes os fatores responsáveis pela rotatividade que muitas empresas sofrem dando um exemplo prático a respeito da quantidade de colaboradores alocados em funções erradas e da quantidade de problemas internos que estas empresas suportam graças ao acometimento destes erros.

De acordo com o Profº, são problemáticas que podem muito bem ser esclarecidas com base no estudo do Eneagrama. Dentro do Eneagrama, encontram-se 9 tipos de personalidades. A cada personalidade, uma definição e algumas características positivas e negativas.

Entre estas personalidades, existem as chamadas “flechas e contra-flechas”, responsáveis por especificar, com mais profundidade, os condicionamentos sociais que moldam nosso caráter e o quanto estes últimos podem interferir em nossas vidas, a partir da imposição social que sofremos.

O Profº utilizou o exemplo de pessoas que nascem gêmeas univitelinas: são fisicamente iguais, mas emocionalmente diferentes graças às influências de sua genética emocional.

Sobrevivente do câncer, um sarcoma de cabeça e pescoço, defende que pessoas podem resolver problemas presentes em suas vidas e problemas presentes nos relacionamentos com outras pessoas apenas se se propuserem a conhecer o seu passado.

“Quando eu não conheço meu passado, eu repito meu passado”, costuma assegurar o Profº. Ou seja, quando não reconhecemos a trajetória do nosso histórico emocional e das experiências que tivemos, bem como o passado daqueles que vieram antes da gente, como o fluxo de vida que nossos pais, avós e bisavós experienciaram, e como suas dificuldades e problemas foram capazes de nos influenciar, continuaremos encontrando dificuldades em todas as etapas das nossas vidas.

São estas circunstâncias, em precisão, que dificultam a nossa capacidade de compreensão, de conseguirmos entender o que realmente acontece em nosso presente e, assim, de alguma maneira, encontrarmos algum parâmetro para a organização do nosso futuro.

É deste exato raciocínio que vem a necessidade de conhecer o nosso passado. De nos propormos ao autoconhecimento e passarmos a nos enxergar com ângulos mais extensos – olharmos para dentro da gente com o mesmo olhar do outro, já que é certo afirmar que nem sempre os julgamentos alheios são negativos; muitas vezes, somos os responsáveis únicos por negativá-los.

Um ser humano preocupado em se fazer entender

A ecologia das pessoas, do meio, de onde se vive e de onde se encontra é capaz de modificar a essência da personalidade condicionada durante a trajetória de suas vidas e diante da necessidade do reconhecimento da sua genética emocional.

Para facilitarmos esse conjunto de ideias: tudo isso é como se pudéssemos viver a chance de modificarmos os fatores preponderantes que vivenciamos durante o decorrer da nossa caminhada através, apenas, do reconhecimento de quem fomos. O objetivo é conseguirmos, por fim, modificar o ideal de futuro que no passado condicionamos negativamente.

Para explicar melhor, o Profº utilizou o exemplo da ascensão de negros e pardos a funções que os seus grupos étnicos, naturais do Continente Africano, não vivenciaram. “Quando eu não conheço o meu passado, eu repito o meu passado.”.

Como bem observado pelo Profº, a quantidade de pessoas negras e pardas ascendendo a cargos de liderança aumentou consideravelmente nos últimos anos, inclusive aqui na FACOP, uma instituição que além de ter como objetivo abraçar o máximo de culturas possíveis, também possibilita o seu desenvolvimento profissional.

Apesar da existência do racismo, do preconceito de causa e das muitas frentes que por séculos fecharam seus braços para a presença de grupos étnicos e de gênero que viviam e ainda vivem de maneira diferentes das suas culturas e costumes, hoje já temos a ascensão das individualidades que por muito tempo foram consideradas fora do padrão.

A isto devemos, também, o trunfo do desenvolvimento pessoal das personalidades e o reconhecimento de seu passado. Estas individualidades descobriram em si mesmas e nas suas famílias momentos e fases de ascensão muito intensas. Veio daí a sua própria ascensão. Uma verdadeira descoberta!

Para finalmente conseguirmos entender esse assunto coloquei, logo abaixo, os detalhes do estudo do Eneagrama. Aguardamos, de coração recheado, a próxima palestra do Profº Relvas. Espero que seja aquela em que fala que “Atrás de um crachá tem uma pessoa”.

Para aprendermos um pouquinho mais sobre como desenvolver habilidades e talentos mesmo estando ao lado daqueles que são diferentes de nós ou com aqueles de quem julgamos não gostar. “Somos nossos antepassados melhorados” – ou piorados? Estamos prontos para descobrir?

 “Quando não conheço meu passado, eu repito meu passado.”.

Projeto Eneagrama – Profº Roberto Relvas

“O Eneagrama consiste em um canal para a busca de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional. Ele descreve 9 tipos de comportamentos e permite que possamos entender e superar os pontos de melhoria específica. São 9 tipos comportamentais: perfeição, prestreza, performance, profundidade, privacidade, precaução, prazer, poder e paz.

Tipo 1: Perfeccionista

São pessoas também conhecidas como DISCIPLINADORAS. Movidas pela justiça e pela ordem. Visam a ética e a atuação exemplar. São corretos e íntegros. Muitas vezes são bons líderes e professores, já que se esforçam para dar o exemplo. Porém, têm muita dificuldade em aceitar as imperfeições próprias e as dos outros. Desde crianças, ouvem a expressam: “façam o melhor. Esforça-se”.

Características positivas: determinados, objetivos, disciplinados, comprometidos

Características negativas: intransigentes, rígidos, intolerantes e exageradamente exigentes e tensos.

Tipo 2: Conselheiro

As pessoas do tipo 2 são também conhecidas como BAJULADORAS. São aquelas que fazem das tripas, o coração, já que pertencem à tríade emocional. Pessoas do tipo 2 são compreensivas, solidárias, desprendidas, prestativas, afetuosas e amáveis.

Características positivas: empáticos, carismáticos, voluntariosos, envolventes.

Características negativas: ingênuos, teimosos, inconsequentes, intempestivos.

Tipo 3: Competitivo

As pessoas do tipo 3 são BUSCADORAS DO SUCESSO. São pragmáticas, motivadoras e conscientes da própria imagem. Também chamadas de alpinistas sociais, pois querem estar sempre no topo. São ambiciosas, atraentes e diplomáticas. São trabalhadoras e como cuidam cuidam da imagem pessoal, adoram impressionar.

Características positivas: Dedicado, eficiente, objetivo e, principalmente, um grande negociador.

Características negativas: dissimulado, calculista, impessoal e manipulador.

Tipo 4: Individualista

As pessoas do tipo 4 são ARTÍSTICAS, ROMÂNTICAS e MELANCÓLICAS. São dramáticas e temperamentais. Seu humor oscila, seus sentimentos são vulneráveis e tem um pé no passado e outro no futuro. São movidas por um sentimento de culpa. São refinadas, têm senso estético, são sensíveis e reservadas. Representam o último número da tríade das emoções.

Características positivas: sensível, criativo, detalhista, exigente.

Características negativas: instável, crítico mordaz, queixoso, pouco objetivo, invejoso.

Tipo 5: Investigador

As pessoas do tipo 5 também são conhecidas como PENSADORAS. Representam o cérebro do Eneagrama. Reservadas e isoladas. Para elas, tudo tem que ser explicado. Tudo é matemático. “Um dia sem aprender nada é um dia sem sol”. Tem atração por cultura.

Características positivas: planejadores, analíticos, ponderados, lógicos.

Características negativas: apáticos, distantes, frios, calculistas.

Tipo 6: Responsável

As pessoas do tipo 6 também são conhecidas como PATRULHEIRAS. São o centro da tríade do raciocínio e, portanto, as mais preocupadas e ansiosas. Adotam comportamentos que acham que poderão aumentar a sua segurança e por trás das defesas do seu ego há bastante medo. São cumpridores do dever. Extremamente cautelosos, confiáveis e moralistas.

Características positivas: leais, organizados, comprometidos e gregários (vivem em grupo).

Características negativas: ansiosos, preocupados, desconfiados, legalistas.

Tipo 7: Animador

As pessoas do tipo 7 também são conhecidas como ENTUSIASTAS. Irradiam otimismo, são alegres, agradáveis, descontraídas, brincalhonas, extrovertidas, imaginativas, otimistas, buscam a felicidade. Muitos projetos, mas sem foco, beirando o impossível.

Características positivas: criativos, bem-humorados, improvisadores, otimistas.

Características negativas: dificuldades com regras, argumentadores, compulsivos, utópicos, fantasiosos.

Tipo 8: Confrontador

As pessoas do tipo 8 também são conhecidas como DESTEMIDAS e DESAFIADORAS. Mostram-se vigorosas e transmitem aos outros o sentimento de força. Têm senso de justiça e, de forma instintiva, descobrem coisas erradas. São abertas e diretas. São as mais viscerais de todos os outros tipos.

Características positivas: assertivos, objetivos, eficazes, realizadores.

Características negativas: insensíveis, autoritários, intimidadores, agressivos.

Tipo 9: Mediador

As pessoas do tipo 9 também são conhecidas como PACIFISTAS, pois nenhum outro tipo é dedicado à busca da paz interior do que este último. Evitam conflitos, ficam em cima do muro, preferem ligar o piloto automático. São conhecidas como preguiçosas e deixam mostrar sua procrastinação.

Características positivas: calmos, mediadores, flexíveis.

Características negativas: indecisos, apáticos e procrastinadores.”

E diante da minha visão? Conseguiram definir em qual tipo de personalidade o Profº Relvas se encaixa? Acredito que ele esteja ligado ao tipo 3, mas tem suas flechas e contra-flechas nos tipos 2 e 6. E quanto a vocês? Qual é o seu tipo de personalidade e onde estão suas flechas e contra-flechas? O autoconhecimento veio para ficar.

Texto de Lívia Ikeda Martins Ferreira – redatora/FACOP

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