Dia 2 de abril – dia mundial pela conscientização do autismo: um compilado de pesquisas quanto aos modelos de inclusão sendo desenvolvidos para o atendimento de autistas em ambientes odontológicos

Muito se fala em humanizar processos. Recentemente, é um dos assuntos que mais tem ganhado pautas. Assuntos que envolvam a...

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Muito se fala em humanizar processos. Recentemente, é um dos assuntos que mais tem ganhado pautas. Assuntos que envolvam a abertura de novas ideias, de novos parâmetros, abordagens e integrações do meio social ainda pouco incluídos e introduzidos como ideais no cotidiano das pessoas.

Enquanto sociedade começamos a viver, nestas duas últimas décadas, certa abertura de critérios despadronizados diante de vivências e condições sociais que antigamente não eram abordadas, como muitas individualidades que até certo tempo atrás não tinham voz e hoje, graças à internet, suas vidas podem ser citadas, contadas, valorizas, bem vistas e, principalmente, ser motivo e histórico de exemplo.

É certo dizer que o veículo de mídia mais abrangente que temos hoje é a internet e que com as suas interações diárias, assuntos inúmeros ganharam visibilidade. Com estes assuntos, vieram personalidades até então desconhecidas, como a “Pequena Lô”, por exemplo, influenciadora digital que possui a deficiência física da síndrome dos ossos, responsável por afetar o desenvolvimento do seu corpo. Ela mostra o dia-a-dia que vive enquanto pessoa com deficiência na sua página do Instagram, bem como suas dificuldades e experiências.

São exemplos como esse que nos permitem perceber a humanização de processos acontecendo na prática. Mas estas são vivências que presenciamos apenas na internet. E quanto ao cotidiano comum? À rotina real das pessoas, por exemplo?! Como elas praticam seu dia-a-dia no meio social diário? Quais são as dificuldades que elas encontram quando chega a hora de colocar seus compromissos em prática?

Continuando com a Pequena Lô: dias atrás, viveu um contratempo bastante incômodo com uma companhia aérea de um dos aeroportos do Rio de Janeiro. Como ela tem deficiência nos ossos precisa fazer uso de uma pequena moto de mobilidade chamada “scooter”.

A companhia aérea não permitiu que Lô viajasse ao lado da moto e isto aconteceu graças ao fato de que os funcionários da empresa não estavam encontrando um meio de alocá-la no corredor do avião durante o voo, o que acabou causando grande transtorno para a influenciadora, quem, por fim, foi obrigada a adiar todos os seus compromissos.

Como evitar esses tipos de situações por parte de grupos sociais/empresariais que ainda não se adaptaram ao modelo de inclusão? Além das deficiências físicas, temos também inúmeras outras condições e limitações, como as deficiências intelectuais e de transtornos, que precisam de visibilidade.

Foi pensando nisso que alguns profissionais de inúmeros nichos criaram e desenvolveram um conjunto de ideias capazes de aprimorar objetos, atendimentos especificados e modelos de pensamento que foram adaptados ao meio, para que a tão comentada ACESSIBILIDADE pudesse acontecer de fato.

Porém, quando o assunto é a adaptação dos modelos de atendimento, encontramos pessoas sendo atendidas por outras pessoas diariamente, em ambientes públicos e privados, sem muitas vezes receberem o tratamento adequado durante a conversa ou a resolução de suas situações/problemas. Portanto, a humanização dos processos através da acessibilidade precisa ter vez. O mesmo deve acontecer com as pessoas autistas.

Refletindo sobre o assunto quanto aos atendimentos das clínicas, junto aos procedimentos odontológicos praticados, autores e pesquisadores da área da Odontologia desenvolveram parâmetros para que estes últimos pudessem ser feitos em autistas de maneira facilitada prezando, principalmente, pela sua tranquilidade, acolhimento e bem-estar.

O que é o autismo

De acordo com o site da UFRGS, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento. É considerado um distúrbio no desenvolvimento cerebral, responsável pela manifestação dos déficits de desenvolvimento.

É uma síndrome, portanto não tem cura. Costuma se manifestar na primeira infância – do nascimento aos 6 anos de idade -, mas há inúmeros casos de autistas que descobriram ser portadores após a fase adulta.

O transtorno em si pode dificultar a aprendizagem, bem como as habilidades sociais, por vezes a inteligência e os controles motores e de acordo com as pesquisas atuais, além de agrupar o autismo clássico, o Espectro envolve também o Transtorno Desintegrativo da Infância, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Não-Especificado e a Síndrome de Asperger nos estudos das abordagens quanto às características diversas que variam na severidade das manifestações dos sintomas.

Apesar de haver inúmeras características que englobam e abranjam o Espectro, as mais comuns são as falhas comunicativas e os interesses restritos e repetitivos. Pensando nisso, decidimos compilar neste artigo 5 (cinco) estudos de caso de pesquisadores da Odontologia sobre a importância da humanização de processos quanto aos atendimentos odontológicos em pessoas autistas. Lembrando que o autismo não tem cura, mas o preconceito social tem.

Título: “Os desafios na atenção odontológica do paciente autista”

Autora: Profa. Ms. Lais David Amaral/UCB.

Título: “Autismo y Odontología a cargo de la dotora Laís David Amaral”

Autora: Profa. Ms. Laís David Amaral/UCB

Título: “Transtorno do espectro do autismo e idade dos genitores: estudo de caso – controle no Brasil”

Autoras: Fernanda Alves Maia; Maria Tereza Carvalho Almeida; Maria Rachel Alves; Laura Vicuna Santos Bandeira; Victor Bruno da Silva; Nathália Ferreira Nunes; Leila Cristina Gonçalves Cardoso; Marise Fagundes Silveira.

Título: “O autismo de acordo com o DSM V (2013)

Autora: Profa. Ms. Laís David Amaral/UCB

Título: “Abordagem do paciente TEA na clínica odontológica”

Autores: Raíssa de Oliveira Leite; Marcelo de Morais Curado; Letícia Diniz Santos Vieira/

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